Depois do brutal assassinato do menino João Hélio, as passeatas pedindo paz e a movimentação para a redução da maioridade penal cresceram bastante. Na mão contrária, temos que ouvir de um pai, teoricamente esclarecido, pertencente à classe média alta da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que o filho dele, apesar de ter cometido um crime bárbaro, que , por sorte, não culminou com morte de uma humilde trabalhadora, não poderia ser punido. Prostituta, empregada, empresária, qual a diferença? Faça-me o favor. Se por exemplo, o filhinho dele, "sua criança", de 19 anos, fosse agredido da mesma forma e brutalidade com que a empregada, na volta para casa o foi, ele não estaria clamando por justiça e não seria mais um nas passeatas anti-violência. Dá até para ver a manchete. "Jovem de Classe Média é Espancado por Porteiros Assassinos". Com certeza, esse pai estaria a frente da mãe da pequena Alana, mais uma vítima da violência no Rio, assim como a empregada Sirley.
Chega a ser cômico ouvir esse tipo de declaração:" As crianças trabalham, estão na Faculdade, não podem ir para Polinter". E quem deve estar na Polinter? o pobre que rouba por fome, o excluído.
Agora o pior é que isso não vai dar em nada.
Alguém dúvida?
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