INDIGNAÇÃO

A dúvida paira sobre a minha cabeça ao sentar para escrever esse texto. Não sei se começo falando sobre a visita de duas amigas de São Paulo ou sobre a vergonha que a Cidade Maravilhosa me fez passar. De qualquer coisa, uma coisa leva à outra. Falar de insegurança remete à frase feita, o chamado chover no molhado. Apesar do tal choque de ordem, a Lapa e Santa Teresa continuam sendo uma mina de ouro para os batedores de carteira e assaltantes de turistas. Eis que, num passeio, em plena tarde, na Joaquim Silva, minhas hóspedes - uma jornalista paulista e uma produtora francesa, baseada no consulado francês da Terra da Garoa, no Rio para a abertura do Ano da França no Brasil - são assaltadas por dois marginais. Mas o pior ainda estaria por vir. Quando chegaram em casa e me relataram o acontecido, fomos procurar a polícia para tentar encontrar os meliantes. Fomos bem atendidos, demos uma volta no carrinho azul e branco, mas além de não encontrarmos os punguistas, algo previsível, presenciamos uma extorsão a um vendedor de balas que fumava maconha, embaixo dos arcos. Extorquir um vendedor de balas? Ficar com a mercadoria do trabalhador? Não sei se fico com mais vergonha do roubo às meninas ou se da situação ridícula proporcionada por nossos protetores de farda. No natural, nós somos uma Maravilha, mas.....deixa pra lá...