domingo, 3 de maio de 2009

RETROCESSO

É inconcebível, em um país continental e multicultural como o Brasil, termos qualquer tipo de intolerância, seja ela religiosa, ideológica, de cunho racial ou quanto a opção sexual. Em uma época onde estamos conectados ao mundo inteiro, sem caras, mas como avatares, parece-me um tanto quanto medieval essa idéia do fortalecimento dos grupos neonazistas em território nacional.
O pior é ver que jovens, recém-saídos da adolescência estejam sendo seduzidos e aderindo a um movimento que já causou tanto prejuízo à humanidade. Posso estar me contradizendo, quando digo que devemos respeitar as ideologias, mas não podemos compactuar com uma que parte do princípio discriminatório e que usa a violência para uma espécie de seleção não-natural.
A diferença de opinião no campo ideológico é o que faz crescer a humanidade, mas o respeito à opinião contrária é o que faz ela prosseguir, faz nos sentirmos vivos e filtrar as idéias opostas que nos simpatizam, fazem parte do nosso amadurecimento.
Lamentável a morte do casal em Curitiba. Dois jovens simpatizantes, mortos a mando do comando nacional da organização. Comando nacional? Vejam a proporção. É mais preocupante do que a iminente pandemia de gripe. Porque isso podemos conter. Mas esse tipo de pensamento crescendo, não sambemos onde pode parar.

Nenhum comentário: