Posso dizer que o fim de semana foi ilustre, tanto no que diz respeito ao samba - recebí Noca da Portela, Rico Dorileo e Roberto Serrão no Samba zÉ Samba - quanto nas prosas sobre futebol.
É aquela coisa: quando a gente faz a roda, depois é que fica bom. Os chegados esperam para prosa da alvorada, fazendo música, não fazendo nada. Com o simples prazer de jogar fora a conversa e mostrar ao tempo que não se pode ter pressa para em casa chegar.
Eis que depois das cadeiras subirem sobre a mesa, ainda fiquei no Bate Papo, aquele, na Cobal do Leblon, em frente ao meu querido Flamengo, entre uma cachaça da boa e uma cerva original com os ilustres Gaúcho e Gigante da Colina. É!! Quem tem moral tal tem. Fiz o portuga sair da Barreira, tomar umas e sambar em frente ao Mengão. Mas voltando à prosa, pro papo não ficar extenso, o assunto que dominou a mesa tem como síntese Maradona, a grande madona hermana. Um deus que se droga, faz droga, mas assim mesmo tem a imagem irretocável, mesmo que a máscara seja demitida e o fracasso tome de assalto o falastrão. Saudosos de tempos atrás, onde tínhamos ídolos que, com os tempos de hoje, não mais se faz, um cenário sombrio parece ser desenhado. Nada demais, mas o simples fato do ídolo pensar errado já trás apreensão. Na colina do Giga, o Dinamite Roberto, que já desceu, já subiu e para a nova geração a imagem do ídolo sucumbiu à de mais um presidente. Pois a referÊncia que eles têm é o presente. Mesmo que os vídeos outra história mostrarão. Quando olho o meu Flamengo, e não vejo ninguém, só quero ir atrás do Galo, que hoje não entra em campo, mas quem ele coloca, cala o canto e a torcida parece que não mais comparece enquanto a coisa não engrenar. E, junto ao Zico, desfilam os campeões do mundo, a turma famosa que corre o risco de virar uma corja, se o sonho virar apenas mais uma doce ilusão. O Gaúcho mostra o mesmo temor, com Renato Portaluppi de volta ao Grêmio, que pior não pode ficar. Mas será que vale ao ídolo o bronze arranhar? Por dinheiro, vaidade, ou apenas vontade de fazer a coisa mudar. Sei lá não sei, como diria mais um poeta, presenta na nossa seresta, não sei não. O ídolo faz como Pelé, que tem o Edson na terceira pessoa, sem mil gols, mesmo falando besteira, que até as jogadas erradas atravessam o tempo sem lesão. É!!! Sei lá não sei. Sei lá!! Não sei não. Tenho medo dos meus ídolos, sejam de onde for.
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