Domingo, final de Taça Guanabara, sem Flamengo, sem maiores emoções durante o dia, depois do período de folia. Eis que no “Esporte Espetacular”, mais uma vez, o repórter Régis Rösing faz uma bela matéria com o técnico do Botafogo, Joel Santana. Só pela figura do Natalino, já existia uma simpatia natural por uma vitória do alvinegro, até pela antipatia natural que nutrem os rubro-negros, resquícios da “Era Eurico”, em relação ao Vasco da Gama. Outro fato é que Joel me traz na lembrança a primeira entrevista que fiz, lá pelo início dos anos 1990, na época de diretor do Grêmio do Colégio Pedro II do Humaitá, onde tínhamos o Jornal “O Cordel”. O “Rei do Rio” tinha acabado de conquistar o Carioca, em cima do Flamengo, com o inesquecível gol de barriga de Renato Gaúcho. Eu e meu camarada e xará, Palma, fomos recebidos por Joel Santana, de toalha, no vestiário do Flu. E mesmo campeão, recebeu a garotada com a humildade que lhe é peculiar. Seguindo meu dia sem maiores preparativos, sem expectativas, a não ser ver os jogos da rodada e, de repente, meu Nextel começa a soltar palavrões e músicas de xingamento pelo fato do Flamengo não estar no jogo decisivo. Meus parceiros vascaínos, ensandecidos com tal proeza, acabaram com a bateria do meu rádio. Tudo bem, tudo tem sua hora e tive que aceitar resignado até o segundo gol botafoguense, do “El Loco”. Enfim, dormi satisfeito com mais um vice do time da Colina. Que venha o segundo turno.
O jogo em si mostrou duas equipes com medo de jogar no primeiro tempo. Esperava mesmo as penalidades. No segundo tempo, Mancini tentou colocar o time mais à frente e o Botafogo seguiu dentro de suas limitações, mas com dedicação. Achou um gol. O desequilíbrio vascaíno ficou evidente na entrada criminosa de Nilton do Vasco em Caio do Botafogo. Aí foi administrar, coisas que os times de Joel Santana sabem fazer e conseguir o gol do “Loco” para enlouquecer a torcida botafoguense. Méritos á equipe que soube se recuperar dentro do campeonato e respeitar suas próprias limitações. Na Taça Rio, Fla, Flu e Vasco vão se desdobrar para evitar a conquista direta do Bota e forçar uma final.
PEDOFILIA
No Flamengo, além dos preparativos para a Libertadores, o assunto que vem dominando as manchetes é o caso de pedofilia e assédio. Infelizmente, coisa comum no futebol. Nos meus tempos de boleiro, eu e muitos amigos tínhamos que ficar nos esquivando dessas figuras que aproveitam o ambiente esportivo para tentar ludibriar crianças e adolescentes que buscam um sonho. Parabéns a quem fez a denúncia. Só espero que sirva de exemplo para que outros casos venham á tona.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
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